Isso não é um manifesto.
Com o passar dos últimos meses aprendemos que existem poucas certezas na vida.
Sabemos que existe uma necessidade natural de nos sentirmos rodeadas - por mentes e corpos, abstrações e relatos, escapes e vivências. Um impulso que nem mesmo uma pandemia global foi capaz de nos tirar.
Assim como músicos, que há muito dependem exclusivamente de encontros presenciais para levar seu trabalho adiante, produtoras culturais do mundo todo se viram obrigadas a ressignificar seus eventos - tanto para manter contato com seu público, quanto para sobreviverem. Vivemos a era do streaming há alguns anos, seja escutando música pelo celular ou vendo filme no computador. Mas agora, com tudo parado, os festivais independentes viram nas transmissões o único modo de continuar, se pautando por formatos que até então não dominamos - não mais criando experiências únicas para suas cenas. Para nós o desafio estava aí.
Como transformar o que esperamos do CQTL MLTV em algo a ser consumido diante de uma tela? Por que fazer isso?
Temos a sorte de ter uma missão bem definida nesses 17 anos de festival que é defender a voz do independente. Essa missão - impulsionada pelas nossas premissas de inclusão, equidade de gênero, sustentabilidade e acessibilidade - a cada dia é mais urgente. Se tornando norte para nossa história e tornando o CQTL MLTV espaço para várias artistas inovadoras, ousadas e poderosas que conseguem expressar de forma criativa as suas experiências vividas.
Nós temos você e esta comunidade que ao longo dos anos nos abraçou e incentivou a fazer algo extraordinário ano a ano.
A ÚNICA CERTEZA É QUE QUEREMOS ESTAR JUNTAS.