Neste ano, o festival No Ar Coquetel Molotov em parceria com a Casa Navio deram mais um passo na interação entre diferentes coletivos e artistas visuais em uma convocatória de formato experimental para intervenções durante o evento.
Os participantes desta convocatória em formato especial tiveram retorno conceitual sobre suas ações e participaram de encontros com os curadores Aslan Cabral e Bruna Rafaella a fim de assimilar a oportunidade para além de seu caráter expositivo. “Resolvemos criar uma espécie de laboratório e atelier coletivo de colaboração com foco em experimentalismo e novos suportes para fazer acontecer essa exposição coletiva”, esclarece Aslan.
Confira aqui o que cada um dos selecionados vai apresentar durante a programação do festival No Ar Coquetel Molotov neste sábado (11):
ANNE SOUZA
Uma das damas do lambe lambe recifense apresentará uma nova série dentro da curadoria de artes plásticas do festival. Mesmo que você não junte o nome à imagem, Anne faz parte do Recife como o Recife dela. Você vai entender o motivo.
BIA LIMA E MARCELA LINS
As percepções pessoais de cada habitante por si já servem como matéria prima para um bom trabalho de arte. Placas que tentam a todo custo vender, ou grafismos que distanciam produto /proposta quando na verdade deveriam conectar, são fontes de inspiração para essa dupla de artistas. Intervenção com desenhos e painéis, elementos bem humorados que na verdade refletem um jeito crítico de apontar para a cidade e seu constante movimento estratégico de consumo.
DAN CABRAL
O tempo e certos levantes são capazes de apagar ou reavivar, de maneira quase absurda, certos elementos gráficos, estéticos. Um jogo onde a proposta confunde sem querer confudir, apenas se aproveita. Mais do que um instante, a identidade e sua reinvenção a partir do tempo e da cultura de quem observa.
FRIDASE
Sentimentos são crus. Para alguns artistas são apenas a plataforma inicial de elaborações estéticas e para outros o exercício acontece dentro de suas subjetivdades fazendo com que tudo seja visualizado de uma maneira minimalista. O coletivo Fridase experimenta em suas ações essa equalização, o exercício de tornar estético é apenas consequência. A causa mesmo é peito aberto, e coração na rua.
FELICIANO DOS PRAZERES
A pintura em grandes escalas parece instigar Feliciano a expandir seu campo de atuação. Cartunista, chargista exercita em sua proposta para o Coquetel Molotov um vibrante experimento de abstração .
MONUMENTO ESTELITA
Phelipe de castro, Alexandre Salomão, Luiz Manuel e Caju são as células desta plataforma artística que discute a cidade de uma maneira especialmente contemporânea. Arte engajada que discute a cidade em seus planos físicos e virtuais, alargando seus limites.
SILVIA MACHETE
Cantora e artista circense mutante, ela é capaz de se tranformar em uma moita tropical e criar uma diálogo nada usual com tudo que está ao seu redor.
