INDIES SUECOS – NOVOS, VELHOS E SEMPRE BONS

Por Johan Angergard

Acredito que ficamos mimados com novidades por um tempo. Quando os músicos indie suecos descobriram como explorar as possibilidades de gravar em casa, entre os anos 2003 e 2004, nós vivemos uma explosão de novas bandas pops. Todo mundo estava no rádio. Grande parte na TV. Até prateleiras de liquidação estavam recheadas de artistas independentes como José Gonzalez, The Radio Dept., Embassy, Sambassadeur, Rocky Dennis, Suburban Kids with Biblical Names e muitos outros. Todas bandas novas. Tudo novo som. Mas, não necessariamente boas bandas. Não necessariamente boas músicas, mas novas músicas.

Hoje não estamos mais nos nossos “anos punk”. Sim, a música sueca de 2003 – 2004 foi para nós, suecos, o equivalente à cena punk de 1977. Todo mundo poderia fazer. Todo mundo começou com uma banda. Novos projetos e lojas se tornaram selos. A música indie dominava a Suécia.

Então, o que está acontecendo com o indiepop sueco em 2011? Não muito, parece. Mas o que consigo enxergar quando olho para 2011 é que todos os meus discos preferidos produzidos neste ano foram de artistas que já lançaram álbuns anteriormente. Possivelmente não sob o mesmo nome, mas eles continuam por aí.

Lykke Li (sim, ela é antiga agora), Anders Persson, Carl Smith, Acid House Kings (nós fizemos um disco seis anos depois), Det Vackra Livet (integrantes do The Mary Onettes), Ane Brun (ela fez o seu primeiro disco realmente bom então agora podemos considerá-la como sueca), Pallers (yep, outro dos meus projetos)… E a história continua assim.

Tem uma artista que se destaca, em 2011, do lado oposto dos antigos. É a novata Amanda Mair, com apenas 16 anos que lançou seu single de estréia chamado “House”. Foi uma das melhores coisas que aconteceu neste país nos últimos anos e ela vai dominar o mundo. Anotem minhas palavras.

P.S.: “Gentle roar” de Niki and the Dove’s “Gentle roar” também é outro trabalho fantástico. Mas eles lançaram em 2010 se estou certo.

* Johan é do Acid House Kings, Pallers, Club 8, The Legends e ainda dono/administrador do selo mais querido entre os indies – Labrador.